VOLTAR PRÓXIMA

IL CANTO DELLA CADUTA de Marta Cuscunà (Itália)

15 e 16 de Fevereiro às 21h (sex, sáb)

São Luiz Teatro Municipal

IL CANTO DELLA CADUTA de MARTA CUSCUNÀ (IT)

Estreia Nacional

 

São Luiz Teatro Municipal - Sala Luis Miguel Cintra

15 e 16 de fevereiro às 21h (sex, sáb)

 

A encenadora, marionetista e dramaturga italiana Marta Cuscunà traz a Lisboa um espetáculo que tem como protagonistas corvos mecânicos, manipulados através de tecnologia usada em animatrónica, para contar uma história livremente inspirada numa lenda ancestral.

 

Uma parceria entre o São Luiz Teatro Municipal e A Tarumba - Teatro de Marionetas

 

Conversa com os artistas: sábado, 16 de fevereiro, após o espetáculo

Acessibilidade: Língua Gestual Portuguesa + Audiodescrição: sábado, 16 de fevereiro, 21h

Em italiano e legendado em português | Duração: 1h, aprox. | A classificar pela CCE

€12 a €15 com descontos +info

BILHETEIRA ONLINE

 

As criações singulares de Marta Cuscunà seguem uma poética e uma linguagem originais, expressando-se através do teatro visual e de marionetas, com uma grande força emocional. No São Luiz Teatro Municipal pudemos ver os espetáculos A simplicidade traída (La semplicità ingannata) e Sorry, Boys, que fazem parte da sua trilogia sobre a Resistência Feminina.

 

Um bando de corvos animatrónicos e uma pequena comunidade sobrevivente de crianças-marionetas, inspiradas na arte urbana da dupla de artistas Herakut, são os novos companheiros de Marta Cuscunà, num novo caminho de resistência.

 

IL CANTO DELLA CADUTA - A CANÇÃO DA QUEDA
Livremente inspirado no mito de Fanes
Fontes de pensamento e palavras: Kläre French-Wieser; Carol Gilligan; Ulrike Kindle; Giuliana Musso; Heinrich von Kleist e Christa Wolf

 

O mito de Fanes é uma tradição popular dos Ladinos, uma pequena minoria étnica que vive nos vales centrais das Dolomitas.

É um ciclo épico que fala de um reino pacífico liderado por mulheres rainhas, destruídas pelo início de uma nova era de domínio e da espada. É a canção negra da queda no horror da guerra.
Hoje ainda estamos imersos num sistema de guerras incessantes. Parece que a guerra é uma parte inevitável do destino da humanidade. O mito de Fanes, pelo contrário, fala de um tempo dourado de paz que foi perdido.
Il canto della caduta quer trazer à luz a história de como éramos, dessa alternativa social desejável para o futuro da humanidade, que é sempre apresentada como uma utopia irrealizável. Mas talvez já tenha existido.
O tema central do espetáculo é a guerra. Uma guerra que nunca é vista em cena. No entanto, ela está lá, através do ponto de vista das únicas personagens que sempre a souberam aproveitar: os corvos.

Os corvos de Il canto della caduta são manipulados através de joysticks mecânicos, projetados e construídos pela cenógrafa Paola Villani, recorrendo a tecnologias aplicadas em animatrónica, normalmente utilizada em efeitos especiais no cinema, e criados a partir de componentes industriais, afastando-se da imagem tradicional do teatro de marionetas, que na Itália ainda está muito ligada à tradição popular.

 

O mito de Fanes refere que os poucos sobreviventes ainda estão escondidos nas entranhas da montanha, à espera que o "tempo prometido" retorne. Uma era dourada de paz em que o povo de Fanes poderá finalmente voltar à vida.
 

FICHA ARTÍSTICA

Criação e Interpretação: Marta Cuscunà Projeção e realização animatrónica: Paola Villani Assistência de realização: Marco Rogante Fotografias: Daniele Borghello Colaboração: Teatro Stabile di Bolzano, A Tarumba - Teatro de Marionetas Patrocinadores técnicos: Inovação igus® com tecnopolímeros; Marta s.r.l. suprimentos para a indústria Coprodução: Centrale Fies, CSS Estável teatro de inovação de Friuli Venezia Giulia, Teatro Stabile di Torino e São Luiz Teatro Municipal

Marta Cuscunà faz parte do projeto Fies Factory da Centrale Fies

 

Assinala-se a presença de sons perturbadores fortes e repetidos, para além de flashes de luz frequentes durante o espetáculo.