A Tarumba (Portugal)
ESTE NÃO É O NARIZ DE GÓGOL, MAS PODIA SER... COM UM TOQUE DE JACQUES PRÉVERT
26 e 27 de agosto às 21h30 (qua, qui)
Bilhetes: 8€ / 6€ (se comprar 3 ou mais bilhetes para os espetáculos no Teatro do Bairro). +info
Técnica: Figuras de papel articuladas e objetos Idioma: Português Público-alvo: +8 Duração: Aprox. 40 min.
A importância de ter um nariz, para não dar com o nariz na porta, não meter o nariz onde não se é chamado, ser dono do seu nariz ou para meter o nariz em tudo!
E Jacques Prévert? “Em boa verdade, não se parecia com ninguém.”
Uma criação inspirada no universo de Gógol e Jacques Prévert, com objetos e figuras articuladas de papel, qual cadavre exquis de cenas e jogos de palavras, mas sempre com muito nonsense, onde está presente o mundo surreal que nos rodeia, num ambiente kitsch, insólito e de festa com reminiscências russas, algures entre o Festival da Eurovisão e a Rússia dos anos 70...
Uma pequena forma em miscelânea de narizes, onde por trás do humor se esconde uma crítica satírica ao mundo contemporâneo.
Mesmo se a felicidade se esquecer um pouco de ti, jamais te esqueças dela.
-Jacques Prévert
Este não é Nariz de Gógol, mas podia ser... com um toque de Jacques Prévert foi apresentado na secção IN do Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes de Charleville-Mézières, França (2019) e no Pop up Puppets International Puppet Theatre Festival, Estocolmo, Suécia (2018).
Não sabemos a que época pertence esta dupla que parece perdida no tempo. Aparentam ter o poder de mover o mundo e manipular os seus governantes... Usam as palavras como se estivessem num jogo de xadrez e baralham tudo. Onde se encontram? Num parque de campismo abandonado ou num parque de diversões decadente, mas com muito glitter e cheio de objetos e imagens? Situações insólitas e hilariantes sucedem-se, nas entrelinhas percebemos as referências desta roda giratória de números absurdos. Mas no fim parece ter o sentido do mundo em que vivemos, ou seja, não faz qualquer sentido. A realidade ultrapassou a ficção. E o mais importante? A capacidade de rirmos de nós próprios e a possibilidade de nos reinventarmos.
"Luís Vieira e Rute Ribeiro já nos habituaram ao melhor. Além de trazerem gente de muita qualidade ao FIMFA, também nos dão os seus espectáculos. Este parte de Gogol e Prévert, numa colagem de cenas, personagens míticas e referências populares que navegam entre o festival da Eurovisão e a Rússia nos anos 70, sempre com uma estética kitsch. É, no fundo, uma espécie de cadavre exquis que parte de uma premissa curiosa: o mundo está a ser dominado por loiros, de Trump a Theresa May e a Putin."
-Miguel Branco, Time Out
“É com marionetas de papel, articuladas e muito divertidas que A Tarumba faz o espetáculo Este não é o Nariz de Gogol, mas podia ser.... com um toque de Jacques Prévert, uma viagem pelo bestiário populista da política contemporânea com um toque kitsch (...).
Nesta miscelânea de narizes, de autores, de citações, de músicas russas e francesas, não faltam outras personagens de papel de Juliette Gréco a Camões passando por Iggy Pop, Serge Gainsbourg, Yves Montand, cujas vozes saem de um velho gira-discos colocado ali mesmo à nossa frente. Vamos até este universo relacionado com o Prévert - do Moulin Rouge, do amor livre e de liberdade, que é um contraponto aos tempos que vivemos (...).”
-Maria João Caetano, Diário de Notícias
"(...) Que têm estes autores em comum, além do talento? Uma enorme liberdade criativa, um gosto pelo absurdo e pelo aleatório, um tom quase surreal frequente, uma forte densidade poética. Rute Ribeiro e Luís Vieira, que em conjunto formam A Tarumba - marionetas, formas animadas e um grão de permanente loucura - não resistiram a tê-los como fonte de inspiração para um espetáculo que não recria nenhuma das obras dos autores, mas que, estruturado na regra espartana do cadavre exquis os refere e os homenageia em permanência, mesmo quando é lggy Pop, Barack Obama ou qualquer outro felino que toma as rédeas de um universo que, sem vergonha e sem rodeios, tem a Grande Rússia como fundo (...)."
-João Carneiro, Expresso - Revista E

BIO
Tarumba significa atarantar, estontear, atordoar, maravilhar... palavras que exprimem o sentimento geral da companhia em relação à arte das marionetas.
A Tarumba - Teatro de Marionetas foi criada em 1993 com os objetivos de desenvolver um trabalho de grande qualidade técnica e artística, bem como trazer uma constante inovação ao Teatro de Marionetas em Portugal.
A companhia é responsável pela programação e produção anual do FIMFA Lx - Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas, que recebeu o Prémio da Crítica de Teatro 2010 pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. No âmbito do festival, os diretores artísticos da companhia, Luís Vieira e Rute Ribeiro, receberam o Prémio Personalidade 2013, inserido no Prémio Nacional Multimédia, atribuído pela APMP - Associação Multimédia.
Desde 1993 foram encenadas peças de autores como Christopher Marlowe, Federico Garcia Lorca, W. Shakespeare, Bertolt Brecht, entre outros. As qualidades técnicas e artísticas do projeto têm sido admiradas, não só em Portugal, mas também em países como França, Espanha, Reino Unido, Dinamarca, Suécia, Argentina, Brasil, República Checa, Eslovénia, Eslováquia, Índia, Paquistão, Hungria ou Turquia. No World Festival of Puppet Art (Praga), a companhia obteve o Prémio de Melhor Dramaturgia, e a nomeação para o prémio de melhor manipulação. Os espetáculos Mironescópio e Este não é o Nariz de Gógol, mas podia ser com um toque de Jacques Prévert foram apresentados na secção IN do Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes de Charleville-Mézières, em 2013 e 2019.
O CAMa - Centro de Artes da Marioneta é o espaço de residência da companhia e um centro de desenvolvimento de projetos, onde se integra o Projeto Funicular, um programa de formação internacional.
FICHA ARTÍSTICA
Direção artística, cenografia, marionetas e atores-manipuladores: Luís Vieira, Rute Ribeiro Adaptação e textos: Rute Ribeiro Produção executiva: Daniela Matos Fotografias: Alípio Padilha, Susana Neves Apoios e parcerias: Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC Estrutura financiada por: República Portuguesa - Ministério da Cultura | DGArtes
Espetáculo estreado no São Luiz Teatro Municipal a 12 de dezembro de 2016. A primeira fase criativa foi apresentada, numa versão curta, no Teatro Viriato em janeiro do mesmo ano.
