PRÓXIMA ANTERIOR

MECANIkA (França-Portugal)

POLAROID

 

TEATRO DO BAIRRO

31 de maio e 1 de junho às 21h30 (sexta, sábado)

 

⇨ COMPRAR BILHETES     Bilhetes: 6 a 12€ (com descontos)

Técnica: Mista Idioma: Português Público-alvo: +12 (A classificar pela CCE) Duração: 50 min.

MASTERCLASS COM PAULO DUARTE - MECANIkA: 1 de junho das 11h às 12h30 - INSCRIÇÕES

 

Em 2021, o pai teria 100 anos, e o filho 50.

O pai tem uma história de exílio. O filho de emigração.

Como evocar a recordação e o jogo da memória numa peça de teatro, no imediatismo da representação?

 

 

O que seria uma polaroid teatral? Esta questão guia a encenação de Paulo Duarte num espetáculo com marionetas, sombras, música e vídeo, que toma como ponto de partida a técnica fotográfica das Polaroids, transpondo-a, transformando-a e questionando-a no espaço cénico.

 

Um homem olha para uma fotografia de família do seu pai, que regressou do Brasil para Portugal, sob a ditadura de Salazar, da sua mãe, dos seus irmãos e dele próprio, um bebé recém-nascido. A fotografia capta e preserva um momento, um "instantâneo", que resgata do esquecimento. Oferece ao espectador um vislumbre de recordações, fragmentos desarticulados do passado que emergem na superfície da memória. Através da imaginação e da interpretação, o filho tenta reconstruir a vida do pai, a sua história de exilado, da qual tudo o que resta são as auréolas fantasmagóricas das Polaroids.

 

Em Polaroid a narrativa constrói-se através da exploração de um álbum de família, entre memória vivida e ficcionada. Algumas datas provocam uma sinergia especial e polarizam um ponto na história. Uma ficção que contamos a nós próprios. Paulo Duarte baseia-se na vida do seu pai e constrói o presente, a partir de pedaços do passado.

 

As recordações são moldadas pelo esquecimento como os contornos da costa pelo mar. (...) O esquecimento, em suma, é a força vital da memória e a recordação é o seu produto. - Marc Augé

"Em Polaroid, a grande história encontra-se com a história da intimidade, porque se trata de uma questão de filiação, de escrita da história, mas também de imigração ou exílio. Um tema com o qual o português está muito familiarizado (...).Para responder ao desafio de construir o presente com pedaços do passado, navegamos entre teatro de sombras, vídeo, música ao vivo, marionetas de fios, projeções, manipulação de ecrãs e efeitos de luz." - Vincent Pourrageau, Midi Libre

 

BIO

A companhia MECANIkA foi fundada pelo marionetista e construtor português Paulo Duarte, radicado em França. O seu objetivo é desenvolver e explorar a marioneta atual, interagindo com outros campos artísticos contemporâneos, sob a forma de teatro de imagens.

Paulo Duarte é licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto e diplomado pela ESNAM - École Supérieure Nationale des Arts de la Marionnette de Charleville-Mézières. Após a sua passagem pela ESNAM fundou com David Girondin Moab a companhia Pseudonymo que codirigiu até 2006. Integrou a companhia LàOù - marionnette contemporaine, dividindo a direção artística com Renaud Herbin e Julika Mayer, de 2007 a 2011. Trabalhou com Roman Paska, Joan Baixas, Fanfare Mineable, CRÉA - Théâtre de Tournai, Zaven Paré, Allen Weiis, entre outros. Dirigiu diversos ateliers de formação no Institut del Teatre de Barcelona e no AMK (Turku, Finlândia). Criou a companhia MECANIkA em 2012. Participou em várias edições do FIMFA com “A Hora do Diabo”, “Deep News”, “Écumes”, “Petites Âmes”, “Deep News #2”, “Pour Bien Dormir” e “Novo”.

 

 

 

FICHA ARTÍSTICA

Criação e interpretação: Paulo Duarte Texto e dramaturgia: Caroline Masini Colaboração artística multimédia: Thaïs Cellura Universo sonoro: Morgan Daguenet Desenho de luz: Fabien Bossard Direção técnica: Yann Paulin Vídeos de experimentação: Aurélie Bonamy, Hugo Germser Assistente de dramaturgia: Eva Chevret Fotografias: Denise Oliver Fierro, Pedro Sardinha, João Rey Consultor técnico de cenografia: Christophe Corsini Soldadura: Sylvain Esposito Administração: Florent Montanard Produção e difusão: Sarah Marchal Coprodução e acolhimento em residência: MA - Scène Nationale Pays de Montbéliard, Le Périscope - Scène Conventionnée Arts de la Marionnette; L’Usinotopie Fabrique des Arts de la Marionnette, La Vignette - Scène Conventionnée Université Paul-Valéry Montpellier, Le Théâtre - Centre National de la Marionnette, MiMA - Festival de Marionnette Actuelle de Mirepoix, FIMP - Festival Internacional de Marionetas do Porto, Théâtre La Vista - La Chapelle, Le Printemps des Comédiens - dispositif Warm-Up, Studio Libre/ Atelier de décors du Théâtre des 13 Vents, Théâtre d’O Apoios: Département de l’Hérault, DRAC Occitanie, Région Occitanie, Ville de Montpellier, Spedidam 

www.mecanika.net

x