Teatro de Ferro (Portugal)
DURA DITA DURA
24 e 25 de maio às 21h30 (sex, sáb)
⇨ COMPRAR BILHETES Bilhetes: 6 a 12€ (com descontos)
Técnica: Mista Idioma: Português Público-alvo: +6 (A classificar pela CCE) Duração: 50 min.
Dura Dita Dura é um espetáculo de marionetas para todas as idades, acerca da atmosfera de terror surdo que reinou, durante meio século, num país onde as paredes tinham ouvidos. Através do olhar atento, por vezes atónito, de uma criança bem-amada, mas permeável ao mal-estar dominante, pretende-se dar a conhecer um passado ainda próximo, mas que tende a esbater-se nas “brumas da memória”.
Era uma vez um menino pequeno que vivia num país pequeno virado para o grande oceano. Dizia-se que, nesse país, grandes homens e homens de todos os tamanhos se tinham lançado pelo mar dentro à procura de outros países e de outros homens. Mas isso tinha acontecido há tanto tempo que o menino de que estamos a falar nunca tinha molhado os pés no mar...
- Regina Guimarães
Dura Dita Dura estreou no FIMFA Lx9 e no ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de abril, faz todo o sentido voltar a apresentar a história de Baltazar, um menino que cresce algures, numa terriola perdida de um Portugal esquecido, mas apertadamente vigiado e auto-vigiado. Baltazar é mudo, mas não surdo. A sua vivacidade de menino fora do baralho conflitua manifestamente com o obscurantismo que caracteriza o Portugal dos pequeninos. Baltazar é um escândalo de silêncio num país silenciado. Mas não se escolhe o lugar e o tempo onde se nasce.
BIO
O Teatro de Ferro surgiu em 1999 com direção artística de Carla Veloso e Igor Gandra. A escolha deste nome, Teatro de Ferro, pressupõe uma noção de matéria primordial, resistente e, ao mesmo tempo, mutável: este processo de transformação continua a inspirar o grupo. O trabalho da companhia tem sido desenvolvido no campo do teatro de e com marionetas e objetos. É um projeto que assenta numa lógica de investigação em que a marioneta tem assumido um valor matricial, nas suas hibridações possíveis, tentadas e tentadoras. As relações, do corpo-intérprete com o objeto manipulado e a implicação de cada espectador na construção desta relação, são linhas de reflexão transversais à prática artística do TdF. Igor Gandra é diretor artístico de Festival Internacional de Marionetas do Porto, desde 2009.
FICHA ARTÍSTICA
Texto e canção: Regina Guimarães Encenação, cenografia e marionetas: Igor Gandra Música: Michael Nick Fado/canção: Ana Deus Interpretação: Igor Gandra Desenho de luz: Rui Maia, TdF Direção de montagem: Eduardo Mendes, Mariana Figueroa Ateliê de construção: Gil Rovisco, Nuno Bessa, Américo Castanheira - Tudo Faço Operação de Luz: Mariana Figueroa Fotografias: Susana Neves Agradecimentos Amarante Abramovici, Tiago Afonso, Maio, Sr. José Pereira, J. P. Coimbra, Jorge Paupério - Somnorte, Deolinda Fernandes, Prazeres Rovisco, Mário Gandra, Inês Mamede, João Alves, Carlota, Matilde Coprodução: Festival Internacional de Marionetas do Porto, Festival Escrita na Paisagem e FIMFA Lx - Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas de Lisboa Estrutura financiada por: República Portuguesa – Cultura | Direção-Geral das Artes