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Shaday Larios, Jomi Oligor & Xavier Bobés (México-Espanha)

AGENCIA EL SOLAR. DETECTIVES DE OBJETOS

 

TEATRO DO BAIRRO

16 de maio às 19h e 21h30 (sex) | 17 de maio às 17h e 21h30 (sáb)

18 de maio às 16h e 19h (dom)

Estreia Absoluta

 

 COMPRAR BILHETES     Bilhetes: 6 a 12€ (com descontos)

Técnica: Teatro de objetos documental comunitário Idioma: Espanhol Público-alvo: +12 (A classificar pela CCE) Duração: Aprox. 90 min. // Lotação limitada

 

Uma instalação e conferência performativa de teatro de objetos documental comunitário, numa produção especial para o FIMFA, pela Agencia El Solar. Detectives de Objetos, formada por Shaday Larios, Jomi Oligor (Oligor y Microscopía) e Xavier Bobés, que se dedicam a resolver casos há dez anos, após residências em diversas comunidades, como carpintarias, jardins botânicos, coleções de museus, bairros gentrificados e desaparecidos ou corporações de médicos, entre outros.

 

 

Pela primeira vez abrem todos os seus arquivos, registos e malas, num escritório interativo que é, ao mesmo tempo, um palco e uma instalação. Ao longo dos dias, os oito casos que resolveram serão ativados para partilhar as suas investigações sobre memória, território e comunidade. O teatro de objetos documental abre-se como um grande observatório das nossas relações sócio-materiais e das políticas do subtil.

 

El Solar é uma agência de detetives de objetos, uma oficina de investigação portátil dedicada ao trabalho de campo, ao trabalho etnográfico com as pessoas e os seus bens, e como, através deles, se reflete a história singular e coletiva de uma pequena comunidade. O seu objetivo é tornar visíveis as memórias, as vivências guardadas nos objetos dos habitantes de um determinado lugar e, a partir delas, investigar, tecer ligações e propor uma reflexão sobre o presente do bairro e/ou da cidade, bem como sobre as transformações e circulações de uma determinada cultura material. Por esta razão, realizam peças de teatro de objetos documental, em que os ciclos de vida dos objetos e as suas histórias reais ocupam um lugar central.

 

As agências de detetives são pequenas salas de segredos. Ao longo destes anos resolveram casos emblemáticos, como o de uma carpintaria em Girona, com 70 anos, gerida por quatro gerações de carpinteiros, onde nunca se deito u nada fora; ou em Barcelona, sobre um bairro da lata silenciado pelos relatos históricos oficiais, e onde atualmente existe um Jardim Botânico.

 

Shaday Larios e Jomi Oligor já são bem conhecidos dos espectadores do FIMFA, pela sua companhia Oligor y Microscopía, e têm-nos visitado a cada cinco anos, com os seus trabalhos minuciosos e delicados de teatro de objetos documental. No Descon’FIMFA Lx20, em plena pandemia, apresentaram La Melancolía del Turista e La Máquina de la Soledad, que tinham mostrado pela primeira vez em 2015. Por outro lado, muitos se recordam de um espetáculo emblemático, Las Tribulaciones de Virgínia, dos Hermanos Oligor, apresentado nas edições de 2005 e 2010. Como poderíamos celebrar os 25 anos, sem a sua presença? Um prazer voltar a recebê-los, desta vez no âmbito da Agencia El Solar, e podermos ver os casos resolvidos com a sua linguagem singular. O detective é como um mágico, faz aparecer ou desaparecer. Ele próprio aparece e desaparece.

 

BIO

El Solar foi criado em colaboração com Xavier Bobés, com quem Shaday Larios e Jomi Oligor partilham uma paixão pela memória que se acumula nos objetos quotidianos e espaços. Os seus processos criativos movem-se entre o onírico e o documental, a fantasia e a vida, a micrologia e a fragilidade. A agência está aberta à construção de vários tipos de formatos, dependendo do caso proposto e da modalidade de convivência que surja com o contexto específico a ser trabalhado (instalações, exposições, visitas guiadas, palestras, conferências performativas, etc.).

Jomi Oligor (Hermanos Oligor - Navarra) e Shaday Larios (Microscopía Teatro - México) criaram Oligor y Microscopía em 2013. Antes deste encontro, já ambos trabalhavam em torno de objetos, memória, brinquedos, miniaturas, mecanismos e fragilidade. A sua poética, em constante mutação, surge da soma dos seus fascínios, em que o olhar plástico e a engenharia poética se entrelaçam com a procura da memória das coisas, dos afetos que elas encerram e de como são capazes de falar das pessoas e da sua comunidade. O seu trabalho tem oscilado entre os espetáculos já apresentados no FIMFA, nos casos da Agencia El Solar, na realização de Laboratórios de Teatro de Objetos Documental e na edição de várias publicações.

Xavier Bobés é criador cénico e define-se como autodidata. Apaixonado pela poética dos objetos, pesquisa há mais de dezassete anos todos os tipos de objetos do quotidiano. Colabora com outros criadores assessorando processos de investigação e de escrita, com o objeto como ponto de partida. A sua investigação procura o conteúdo simbólico e teatral nos objetos e em tudo o que é aparentemente banal. Fá-lo através da criação, do ensaio e do ensino. Participou na edição do FIMFA Lx19 com Cosas que se olvidan facilmente.

 

 

FICHA ARTÍSTICA

Detetives de objetos: Shaday Larios, Jomi Oligor, Xavier Bobés Instalação: Agencia El Solar Fotografias: David Continente, Agencia El Solar

www.agenciaelsolar.org

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