Sonoscopia & Teatro de Ferro (Portugal)
CAPITAL CANIBAL
22 e 23 de maio às 21h30 (qui, sex)
⇨ COMPRAR BILHETES Bilhetes: 8€ (preço único)
Técnica: Mista Idioma: Português Público-alvo: +16 Duração: 30 min.
"As multidões comem-se em hors d'oeuvre, como entrada ou em guarnição. Aqueles que põem nódoas na gravata dão geralmente deliciosos pâtés." - Roland Topor
Capital Canibal é uma máquina de cena anacrónica e em permanente curto-circuito. Não obstante os esforços dos seus operadores, eles próprios alimento e combustível, o produto acaba por ser sempre defeituoso, excedentário, inútil e ao mesmo tempo irresistível. Instalada num lugar entre a conferência, a montagem de atrações com marionetas e autómatos e o espetáculo de variedades, Capital Canibal é uma performance para os estômagos mais fortes e os paladares mais requintados, mas ao mesmo tempo muito inclusiva, pois até as partes piores podem ser aproveitadas.
Depois de Phobos e de W, os dois coletivos portuenses regressam ao trabalho em conjunto.
"Capital Canibal: salsichas-marionetas, punk, canto lírico e o capitalismo triturador.
Esta distopia do Teatro de Ferro e da Sonoscopia convoca o canibalismo para reflectir sobre como estamos ‘obrigados a consumir-nos a nós próprios.’
Neste espectáculo, as protagonistas são salsichas. E líderes políticos (enchidos que subiram ao topo da pirâmide social) gritam ‘viva a guerra!’ perante plateias entusiásticas. E o canibalismo torna-se prática comum. E há canto lírico de um lado do espectro musical e punk industrial e apocalíptico do outro (...). Propõe uma reflexão sobre como, no grande palco capitalista onde quotidianamente ensaiamos as nossas vidas, vamos todos sendo triturados - pelo trabalho, pelas máquinas -, como pequenas salsichas.” - Daniel Dias, Público

BIO
A Sonoscopia é uma associação para a criação, produção e promoção de projetos artísticos e educativos, centrada nas áreas da música experimental, na pesquisa sonora e nos seus cruzamentos transdisciplinares. Desde a sua criação, em 2011, produziu mais de 700 eventos, criações artísticas, atividades pedagógicas e publicações. Esteve presente em cerca de 20 países europeus, bem como em geografias tão distantes quanto os Estados Unidos, Líbano, Japão, Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Chile, Uruguai, Colômbia e Curdistão Iraquiano. Dispõe ainda de um espaço localizado no Porto, com pequenos estúdios equipados e preparados para a conceção e produção de trabalhos criativos e científicos, residências e apresentações informais, tendo acolhido centenas de artistas de todo o mundo.
O Teatro de Ferro surgiu em 1999 com direção artística de Carla Veloso e Igor Gandra. O nome pressupõe uma noção de matéria primordial, resistente e, ao mesmo tempo, mutável: um processo de transformação que continua a ser inspirador. O trabalho da companhia tem sido desenvolvido principalmente no campo do teatro de marionetas e objetos - inscreve-se uma lógica de investigação em que a marioneta assume um valor matricial nas suas hibridações possíveis, tentadas e tentadoras. As relações do corpo-intérprete com o objeto manipulado e a implicação de cada espectador na construção desta relação são linhas de reflexão transversais à prática artística do TdF. Igor Gandra é diretor artístico de Festival Internacional de Marionetas do Porto, desde 2009.

FICHA ARTÍSTICA
Direção artística: Gustavo Costa, Igor Gandra Interpretação: Catarina Perdigão, Eduardo Mendes, Gustavo Costa, Igor Gandra Realização plástica: Eduardo Mendes Acompanhamento artístico: Carla Veloso Vídeo: Carlota Gandra Desenho de luz: Mariana Figueroa Operação de som: João Ricardo Oficina de construção: Eduardo Mendes, Júlio Alves, Igor Gandra, Guilherme Vieira, Marta Figueroa (figurinos) Produção: Patrícia Craveiro, Carla Veloso Cocriação: Sonoscopia & Teatro de Ferro Coprodução: Festival Internacional de Marionetas do Porto Estruturas financiadas por: República Portuguesa - Cultura / DGArtes
www.sonoscopia.pt | www.teatrodeferro.com