Dramas Curtos em Miniatura
A Tarumba
Dramas Curtos em Miniatura parte do conjunto de peças curtas cómicas escritas para marionetas, Drama for Fools, por um dos grandes reformadores teatrais do século XX, Edward Gordon Craig, conhecido pela teoria da Über-Marionette ou a Super-Marioneta.
Estes textos escritos durante a Primeira Guerra Mundial, revelam um Craig menos conhecido, que imaginou um ciclo de 365 peças para marionetas, embora não tenha acabado este imenso projeto, apenas cerca de cinquenta textos foram concluídos ou esboçados, nunca parou de os corrigir ou completar durante quase quarenta anos. O diminuto tamanho de cada peça é muitas vezes combinado com vários níveis narrativos, nonsense e humor absurdo. Craig apresenta esboços que os encenadores e marionetistas do futuro deveriam terminar.
Dramas Curtos em Miniatura é construído a partir de algumas destas micropeças, num ambiente tropical e surrealista, em que outros autores vão intervir, como Tristan Tzara, René Magritte, Jacques Prévert ou Mário-Henrique Leiria, numa narrativa de histórias sem sentido, para tentar descobrir o sentido do mundo, qual cadavre exquis, marca habitual no trabalho da Tarumba.
“Só há três maneiras de viver neste mundo: ou bêbado, ou apaixonado, ou poeta.”
- Mário Cesariny
A apresentação do espetáculo pode ser complementada com a realização de um Workshop de Teatros de Papel e Figuras Articuladas.
IMPRENSA
"O resultado é absurdo, irónico, maravilhoso; é, também, mais um exemplo daquilo que este casal pode fazer a partir do teatro de papel, com pequenas câmaras de filmar, com música, e com um gosto certeiro pelo nonsense e pelo divertimento."
- João Carneiro, Expresso - Revista E, 2 de maio de 2025
"Os diretores do FIMFA também apresentaram o divertido Dramas Curtos em Miniatura (...). No ambiente descontraído do Havai, Rute Ribeiro e Luís Vieira concebem microcenários e bonecos em cartão, que fazem parte de um vertiginoso contar de histórias à beira-mar. A dupla vai-se revezando na manipulação dos cartões, que ganham movimento e grandes dimensões, através de quatro câmaras de vigilância usadas em simultâneo. Podemos considerar um projeto low-tech que faz jus à minúcia de cada cartão (como se do frame de um filme se tratasse), complementando esta delicadeza no trabalho da conceção gráfica e plástica com a tecnologia vídeo. Perante um mundo em convulsão, a apresentação de pequenas histórias surrealistas sem um aparente sentido tem o efeito de nos resgatar uma comicidade inteligente sobre a humanidade."
- Mónica Baptista, Le Monde Diplomatique, julho de 2025
"La Dolce Vita - Incursões Surrealistas no Havaï (...). A um século de distância, a última criação da Tarumba cruza a obra de Craig com o movimento surrealista, estabelecendo curiosas cumplicidades com o universo das marionetas: as técnicas de frottage e de livre associação de ideias são revisitadas num jogo de metamorfoses de figuras articuladas, projeção de imagens com efeitos de luz, sombra e ilusão ótica. Dramas curtos em miniatura amplia, através do humor e do nonsense, as possibilidades de desvio: fugir para o Havaï, onde flutuam cabeças com chapéus de coco e maçãs a cobrir o rosto de Magritte, com rodelas de lima pousadas em cocktails; fruir de um ambiente de silly season com formas animadas pleno de poesia e excentricidade."
- Catarina Firmo, Sinais de Cena - Revista de Estudos de Teatro e Artes Performativas, série 3, n.º 4, junho de 2025
FESTIVAIS:
-BIME 2025 - Bienal Internacional de Marionetas de Évora, 5 e 6 de junho de 2025, Teatro Garcia de Resende (Évora, Portugal);
-FIMFA Lx25 - Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas, 20 e 21 de maio de 2025, São Luiz Teatro Municipal (Lisboa, Portugal);
-FIMP - Festival Internacional de Marionetas do Porto, 16 e17 de outubro de 2024, Teatro do Belomonte (Porto, Portugal).
A Tarumba estreou Dramas Curtos em Miniatura no Festival Internacional de Marionetas do Porto, no Teatro do Belomonte, a 16 de outubro de 2024.
FICHA ARTÍSTICA
Encenação, construção, marionetas e atores-manipuladores: Luís Vieira, Rute Ribeiro Adaptação e textos: Rute Ribeiro Sonoplastia: Miguel Lucas Mendes Assistência de cena e produção executiva: Rita Caetano Soares Produção executiva:Mariana Monteiro Fotografias: Luís Vieira, Pedro Sardinha, Margarida Barbedo Apoios e parcerias: Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC A Tarumba é uma estrutura financiada por: República Portuguesa - Ministério da Cultura | DGARTES Técnica: Figuras de papel articuladas, objetos e mini câmeras Público-alvo: +12 Duração: Aprox. 40 min.