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Belova-Iacobelli (Bélgica-Chile)

CHAIKA

 

SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - Sala Mário Viegas

7 e 8 de maio às 19h30 (sex, sáb)

9 de maio às 16h (dom)

Estreia Nacional

 

 BILHETEIRA ONLINE     Bilhetes: 6€ a 12€ (com descontos)  +info

Técnica: Manipulação à vista, marionetas de tamanho humano Idioma: Espanhol, com legendagem em português 

Público-alvo: +12 (A classificar pela CCE) Duração: 60 min.

 

Um espetáculo a solo para uma atriz e uma marioneta de tamanho humano. Tita Iacobelli passa de um papel para outro com um virtuosismo prodigioso, numa representação brilhante que faz o tempo parar... por um momento.

Nos bastidores de um teatro, uma atriz no crepúsculo da sua carreira tenta recordar-se: o que está ali a fazer? 
Uma mulher aproxima-se e lembra-a do motivo da sua presença: interpretar o papel de Arkádina em A Gaivota de Tchékhov. 
Este será o seu último papel. 


Um adeus aos palcos para mergulhar na sua vida passada, para se voltar a ligar com a jovem atriz que era. Embora a sua memória esteja a desaparecer e não saiba muito bem qual é o seu papel, fará tudo para representar a peça. Tenta acompanhar os diálogos, mas perde-se nas memórias dos tempos, quando ainda era famosa no papel da jovem heroína Nina. No seu declínio, reflete sobre o teatro, o medo do palco, o medo do esquecimento, a reforma que se aproxima e as sombras dos amores do passado. Misturam-se ficção e realidade, passado e futuro, esperança e desilusão.

 

Um espetáculo a solo para uma atriz e uma marioneta de tamanho humano. Tita Iacobelli passa de um papel para outro com um virtuosismo prodigioso e uma sucessão de interpretações extraordinárias. 

 

Livremente inspirado em A Gaivota de Anton Tchékhov, este espetáculo é construído em tensão permanente, entre uma obra-prima do teatro clássico, o teatro de marionetas e o movimento coreografado.

 

Prémios

Chaika recebeu três prémios no Chile em 2018: Melhor Espetáculo e Melhor Atriz pelo Círculo de Críticos de Arte do Chile, e Melhor Encenação, Prémios Clap, por votação do público. 

Em 2020, recebeu o Prémio Belga Maeterlinck de la Critique - Melhor Espetáculo a Solo.

"Basta uma atriz-manipuladora, uma marioneta e uma encenação minimalista para atingir o sublime, explorando o claro-escuro que separa a realidade do teatro, a vida da morte, a memória da fantasia. Magistral. É uma lição de escrita, de interpretação e manipulação, e um trabalho profundamente comovente.
Chaika é uma lição magistral no uso da marioneta e nas possibilidades em que ela se desdobra. Todos os amantes do teatro, sem exceção, deveriam ter a oportunidade de ver este espetáculo, mesmo que seja apenas por este motivo."

-Mathieu Dochtermann, Toute la Culture

 

"Uma ode à vida e ao teatro, Chaika é um espetáculo magnífico, onde a marioneta atinge um nível de qualidade artística e notável força poética." 

-Dominique Mussche, RTBF Culture

 

“Preparem-se para uma viagem de uma hora ao limite de uma personagem mítica e da paranoia. Uma imersão na inevitável vida múltipla de uma grande atriz e na sua representação, como que ‘possuída’ por quem ela encarna. Esta já não é uma peça de teatro, mas uma cascata de espelhos numa narrativa em abismo: uma velha atriz, no crepúsculo da sua carreira, retoma a sua carreira na forma de uma marioneta em tamanho humano, que não mais é do que um duplo envelhecido da atriz, que a manipula, enquanto representa vários papeis."

-Catherine Makereel, Le Soir

 

BIO

A atriz e encenadora chilena Tita Iacobelli e a marionetista belgo-russa Natacha Belova conheceram-se em Santiago do Chile no Festival La Rebelión de los Muñecos, em 2012. Em 2015 criaram um laboratório para pesquisar o teatro de marionetas contemporâneo. No final desta experiência decidiram criar um espetáculo. Chaika é a primeira criação da companhia Belova-Iacobelli, criada durante as residências artísticas realizadas em Buenos Aires, Santiago e Bruxelas, e apresentada pela primeira vez em 2018, no Festival La Rebelión de Los Muñecos. Desde a sua estreia, para além dos prémios recebidos, tem sido aclamada pela crítica e pelo público.
Natacha Belova, historiadora de formação, nasceu na Rússia e vive na Bélgica desde 1995. Começou por se destacar como figurinista nas artes performativas na Bélgica e no estrangeiro. Desenvolve diversos projetos relacionados com o teatro, mas também na área da dança, circo, cinema e ópera. Trabalhou durante dezanove anos como figurinista, cenógrafa e marionetista, com cerca de vinte diferentes encenadores, incluindo Jean-Michel d’Hoop, Franco Dragone, Carlo Boso, Galin Stoev, Didier de Neck, Philippe Blasband, Isabelle Pousseur, Christophe Sermet, Raoul collectif. Concebeu as marionetas e foi uma das cenógrafas da obra do escritor e cineasta chileno Alejandro Jodorowsky, Trois Vieilles, Cie Point Zéro. Em novembro de 2017 fez a sua primeira encenação, Passeggeri da companhia La Barca dei Matti no IF - Festival Internacional de Teatro di Immagini e Figura - Milão, Itália. Nos últimos anos, realizou inúmeras ações de formação em quinze países de três continentes. Em 2016 criou o seu próprio centro de pesquisa e formação, denominado Ifo Asbl, em Bruxelas; e dirigiu um dos workshops do Projeto Funicular, programa de formação internacional desenvolvido pela Tarumba, no Teatro Nacional D. Maria II.
Tita Iacobelli iniciou o seu percurso artístico em 2001. Em 2003 ganhou o prémio de melhor atriz no festival de Nuevos Directores. Trabalha desde 2005 na companhia de teatro e marionetas Viajeinmóvil, juntamente com Jaime Lorca, como atriz, coencenadora e professora em workshops de manipulação de marionetas. Com obras como Gulliver (2006) e Otelo (2012), entre outras, percorreu vários palcos pela América e Europa. A sua estreita relação com a música levou a que fizesse a encenação de alguns espetáculos infantis com a companhia Teatro de Ocasión, para além de concertos teatrais com o grupo fusión-jazz Congreso e com a Orquestra Filarmónica do Teatro Municipal de Santiago.

 

 

FICHA ARTÍSTICA

Encenação: Natacha Belova, Tita Iacobelli Olhar exterior: Nicole Mossoux Cenografia: Natacha Belova Interpretação: Tita lacobelli Assistente de encenação: Edurne Rankin Assistente de dramaturgia: Rodrigo Gijón Assistente de cenografia: Gabriela González Desenho de luz: Gabriela González, Christian Halkin Construção de cenografia: Guy Carbonnelle, Aurélie Borremans Desenho de som: Gonzalo Aylwin, Simón González Música (inspirada na canção La Pobre Gaviota de Rafael Hernández): Simón González Técnico de luz e som: Franco Peñaloza Produção: Javier Chávez, Ifo Asbl Fotografias: Michael Gálvez, Simon Breeveld Apoios: Fédération Wallonie Bruxelles-arts de la scène-service interdisciplinaire Coprodução: Mars-Mons arts de la scène, Théâtre des Martyrs, Atelier Jean Vilar // Chaika é uma produção Ifo Asbl, com o apoio do Fondo Nacional para el Desarrollo Cultural y las Artes National do Chile

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