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Cinema A Dupla Vida de Véronique

A DUPLA VIDA DE VÉRONIQUE
Realização: Krzysztof Kieslowski

 

CINEMATECA PORTUGUESA - MUSEU DO CINEMA - Sala Luís de Pina

16 de maio às 19h30 (seg)

 

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Com: Irène Jacob, Wladyslaw Kowalski, Guillaume de Tonquedec, Halina Gryglaszewska, Aleksander Bardini, Kalina Jedrusik Argumento: Krzysztof Kieslowski, Krzysztof Piesiewicz Diretor de fotografia: Slawomir Idziak Montagem: Jacques Witta Produção: Leonardo De La Fuente Marionetista: Bruce Schwartz Público-alvo: +12 / França, Polónia, Noruega, 1991, 98 min. / Legendado eletronicamente em português

 

MC&HN: Qual o motivo da escolha da profissão de marionetista [no filme]?
Krzysztof Kieslowski: Por causa do marionetista americano Bruce Schwartz (...). Ele mostra as suas mãos, move-se com a marioneta, e três segundos depois esquecemos as mãos dele, porque a marioneta está realmente a ganhar vida. É incrível. (...) Eu também sabia que se não conseguisse ter o Bruce Schwartz, mudava a profissão da personagem.
-Entrevista de Michel Ciment e Hubert Niogret a Krzysztof Kieslowski, From Weronica to Véronique. Positif, 364 (junho, 1991).

 

A Dupla Vida de Véronique (La Double Vie de Véronique) foi o filme que, depois da revelação de Décalogo (Dekalog), mais fez pelo reconhecimento de Kieslowski a nível internacional. Como o título indica, está construído sob o signo do duplo: duas heroínas, duas nacionalidades, dois modos de vida. Duas jovens, uma polaca e outra francesa, nascidas no mesmo dia, são como que a “projeção” uma da outra, e o trágico destino de uma irá refletir-se na sua dupla.

 

Weronika vive na Polónia. Véronique vive em Paris. Não se conhecem e não tem nenhuma relação. No entanto, são idênticas: ambas são esquerdinas, gostam de andar descalças, têm o mesmo brilho no olhar, uma voz sublime, um sentido musical absoluto e, acima de tudo, partilham o mesmo problema cardíaco dificilmente detetável. Sem o saber, uma irá beneficiar das experiências e sabedoria da outra. Como se cada vez que a primeira se magoasse com um qualquer objeto a segunda evitasse tocar no mesmo. Em França, Véronique descobre o amor na figura de um escritor e criador de teatro de marionetas...

 

 

O marionetista e escultor Bruce Schwartz foi o responsável pela construção e manipulação das marionetas. Participou em episódios de Os Marretas de Jim Henson, com os convidados Cleo Laine e Señor Wences. Recebeu três UNIMA-USA Citations of Excellence e em 1985 tornou-se no primeiro marionetista a receber uma bolsa da Fundação MacArthur. Foi um dos seis marionetistas internacionais da série Jim Henson Presents the World of Puppetry (1985), que mostra alguns dos melhores marionetistas mundiais. A partir de 1986 resolveu seguir outros caminhos, com a exceção da sua participação neste filme, a pedido do realizador Kieslowski.

 

 

A Dupla Vida de Véronique é uma das obras-primas de Krzysztof Kieslowski (1941-1996), um dos maiores nomes do cinema europeu da década de noventa e autor e algumas das obras mais marcantes do cinema contemporâneo. A sua carreira cinematográfica englobou desde documentários a longas-metragens. Conhecido internacionalmente por filmes como A Dupla Vida de Véronique ou a sua trilogia das cores, composta por Azul (1993), com Juliette Binoche; Branco (1994), com Julie Delpy; Vermelho (1994), com Irène Jacob. Venceu alguns dos prémios mundiais mais importantes, o Grande Prémio do Júri no Festival de Cannes ou o Leão de Ouro, e foi considerado pela revista Sight & Sound um dos Dez Melhores Realizadores Modernos.

 

Prémios e nomeações: Festival de Cannes 1991 - Melhor Atriz Irène Jacob, Prémio FIPRESCI e Prémio do Júri Ecuménico Krzysztof Kieślowski, Palma de Ouro Nomeação para Melhor Filme; Prémios César 1992 - Nomeação para Melhor Atriz e Melhor Música Original; Golden Globes 1992 - Nomeação para Melhor Filme Estrangeiro; National Society of Film Critics EUA - Melhor Filme Estrangeiro; Festival de Varsóvia - Prémio do Público.