Johanny Bert - Théâtre de Romette (França)
HEN
26, 27 e 28 de maio às 21h30 (qui, sex, sáb)
Estreia Nacional
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Técnica: Marioneta queer, género neutro, manipulação à vista Idioma: Francês, com legendagem em português Público-alvo: +16 (A classificar pela CCE)
Duração: 65 min.
HEN, o cabaré de uma marioneta queer e punk, que ultrapassa as fronteiras de género e faz voar todas as algemas!
HEN é uma marioneta única e não pode ser limitada a uma categoria. O seu rosto e o seu corpo são múltiplos: mulher e homem, feminino e masculino. Uma personagem cheia de vida, exuberante, diva enfurecida e viril de saltos altos, que se expressa ao cantar o amor, a esperança, os corpos, o prazer, a sexualidade com liberdade.
HEN é uma criatura quimérica que pode sofrer mutações, graças a um corpo que pode transformar-se, misturar-se com sarcasmo e ironia, de acordo com os seus desejos.
HEN conta-nos a sua vida e partilha o olhar atento aos costumes do seu tempo, assume o seu estatuto, os seus figurinos extravagantes, o seu vocabulário franco e direto. HEN reivindica uma liberdade de expressão libertadora, uma exigência de verdade e sinceridade, um desejo de ser amada para além das aparências, das suas penas, lantejoulas, dos seus saltos altos, das suas roupas de couro e das suas sucessivas metamorfoses.
É com humor, atrevimento e através das suas canções, na sua maioria originais, que HEN fala de si mesmo numa narrativa musical inspirada nos cabarés de Berlim dos anos 30 ou na cena performativa queer atual. Dois músicos acompanham HEN no seu cabaré louco e insolente, que encontra a sua inspiração num sonho de Björk ou no fumo ondulante de Brigitte Fontaine.
Este projeto faz, sem dúvida, eco de uma comunidade discriminada e de lutas antigas, infelizmente ainda necessárias, política e artisticamente. HEN (que pode ser pronunciado Heune) é um pronome sueco introduzido no dicionário em 2015 para designar indiferentemente um homem ou uma mulher. É usado especialmente em livros didáticos que experimentam uma pedagogia menos discriminatória.
HEN recebeu o Prix Spécial du Syndicat National de la Critique em 2019.
"Encanto de canções (...), marioneta atrevida e carinhosa, originalidade do dispositivo: o conjunto desperta uma sedução imediata, graças a este cabaré de curiosidades, infinitamente comovente, nua e sem adornos, que tanto queremos ouvir, quanto abraçar." - Mariane de Douhet, i/o Gazette
"HEN é uma obra-prima, um golpe de saltos altos ao velho mundo." - Amélie Blaustein Niddam, Toute La Culture
"Diva dos tempos modernos, trash e extravagante, HEN (...) incendeia o palco e convida-nos a entrar numa dança louca, trans e sedutora. Levada pela voz suave e aveludada do seu criador Johanny Bert, esta marioneta (...) vai para além dos géneros, transgride códigos. Atenção, favorito!"
-Olivier Fregaville-Gratian d'Amore, L'Oeil d'Olivier
"A história repete-se: é cíclico, às vezes temos de lutar novamente por direitos que achávamos que tínhamos adquirido e ainda assim temos também de avançar, reivindicar outros, inventar, propor. Foi exatamente isso que Johanny Bert e a sua equipa técnica e artística fizeram com grande arte."
-Hervé Ponse, Les Inrockuptibles
"A sua nova criação, HEN, confronta a homofobia com a liberdade de uma marioneta de espuma queer e intersexual." - Laurent Carpentier, Le Monde
"Um espetáculo que é tão delirante quanto mágico, tão contundente quanto inteligente, tão político quanto poético." - Gérald Rossi, L'Humanité
BIO
Johanny Bert é ator, marionetista e encenador. Ao longo do seu percurso artístico desenvolveu uma linguagem teatral singular: o confronto entre o ator, o objeto e a forma marionetística. Cada criação é uma nova pesquisa, a partir de textos contemporâneos (encomendas, textos inéditos ou textos de repertório) ou de um universo plástico construído em equipa no palco. Fundou a companhia Théâtre de Romette em 2000, um espaço experimental de criação. Entre 2012 e 2015, dirigiu o Centre Dramatique National de Montluçon - Le Fracas e em 2016 retomou o trabalho de criação. De 2016 a 2018, foi artista associado de Clermont-Ferrand.
Entre as suas produções mais recentes destacam-se Le Petit Bain (2017) no Théâtre Nouvelle Génération - CDN de Lyon e Dévaste-Moi (2017) com Emmanuelle Laborit em coprodução com IVT - International Visual Theatre. Em outubro de 2019, encenou Les Sea Girls au pouvoir, um espetáculo musical feminista singular. Em 2020, criou Frissons para o Théâtre Sartrouville Yvelines CDN/Festival Odyssées en Yvelines, um novo texto de Magali Mougel, depois dirigiu La Princesse qui n’aimait pas... para a atriz Caroline Guyot (Barbarque Cie). A partir de setembro de 2018, Johanny Bert é artista associado de Le Bateau Feu - Scène Nationale Dunquerque. Em 2019, criou HEN, um cabaré insolente, e em outubro de 2020, Une Épopée contemporânea para o público jovem, uma criação para ver em família, que convida os espectadores para um dia no teatro.
FICHA ARTÍSTICA
Conceção e encenação: Johanny Bert Atores-manipuladores: Johanny Bert (voz de HEN), Anthony Diaz Músicos ao vivo e arranjos: Guillaume Bongiraud (violoncelo eletroacústico), Cyrille Froger (percussionista) Colaboração na encenação: Cécile Vitrant Autores das canções: Marie Nimier, Prunella Rivière, Gwendoline Soublin, Laurent Madiot, Alexis Morel, Pierre Notte, Yumma Ornelle e um cover de Brigitte Fontaine Marionetas: Eduardo Felix Lifting HEN: Laurent Huet Trabalho vocal: Anne Fischer Dramaturgia: Olivia Burton Desenho de luz: Johanny Bert, Gilles Richard Desenho de som: Frédéric Dutertre, Simon Muller Figurinos: Pétronille Salomé, assistida por Romain Fazi, Carole Vigné Estagiários (figurinos): Lune Forestier, Solène Legrand, Marie Oudot Assistência de manipulação: Faustine Lancel Direção técnica e luz: Gilles Richard Operação de som: Simon Muller Construção da cenografia: Fabrice Coudert, assistido por Eui-Suk Cho Fotografias: Christophe Raynaud de Lage Administração, produção, difusão: Mathieu Hilléreau, Les Indépendances Assistente de produção: Thomas Degroïde Produção: Théâtre de Romette Coprodução: Le Bateau Feu - Scène Nationale Dunkerque, La 2Deuche – Lempdes Parceiros: La Cour des Trois Coquins - Scène Vivante de Clermont-Ferrand, Le Mouffetard - Théâtre des Arts de la Marionnette à Paris, Le Carreau du Temple à Paris - Accueil studio O Théâtre de Romette está implantado em Clermont-Ferrand, em Cour des Trois Coquins - Scène Vivante e está associado a la Maison des Arts du Léman de Thonon-Evian-Publier. A companhia é convencionada pela DRAC Auvergne-Rhône-Alpes, Région Auvergne-Rhône-Alpes e a Ville de Clermont-Ferrand. Johanny Bert é artista associado ao Le Bateau Feu - Scène Nationale de Dunkerque e artista cúmplice do Théâtre de la Croix-Rousse – Lyon