Ugo Dehaes - Kwaad Bloed (Bélgica)
SIMPLE MACHINES
SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - Sala Mário Viegas
21 de maio às 15h, 17h e 21h30 (sáb)
22 de maio às 15h, 17 e 19h30 (dom)
Estreia Nacional
⇨ COMPRAR BILHETES Bilhetes: 3€ - Crianças / 7€ - Adultos +info
Técnica: Robots Idioma: Inglês, com tradução simultânea em português Público-alvo: +10 (A classificar pela CCE) Duração: 50 min.
Simple Machines ou como ensinar robots a dançar... Bem-vindos ao futuro!
Uma conferência-espetáculo que conta a história de um coreógrafo que tenta ser substituído pela tecnologia. Partindo das máquinas mais simples, constrói um universo povoado por organismos mecânicos que treinam e aprendem a tornarem-se artistas por conta própria. Uma experiência incrível a não perder!
Ugo Dehaes, criador de robots-bailarinos, questiona a relação entre o homem e a máquina através do movimento, e um futuro sem corpos humanos. Mas, será esta a direção que queremos seguir?
O público senta-se à volta de uma grande mesa e Ugo explica como nascem os robots, desde casulos viscosos a máquinas brilhantes, e como podem ser treinados através da Inteligência Artificial até que um dia sejam capazes de criarem sozinhos um espetáculo de dança.
O espetáculo termina com um vislumbre do futuro: um balé para robots-bailarinos sem a intervenção de um coreógrafo humano. Cada robot-bailarino tem a sua própria forma, nenhuma delas humanoide e, portanto, o seu próprio conjunto de movimentos possíveis. A coreografia é construída em torno das suas possibilidades físicas únicas e dos dados gerados ao longo da performance.
Ugo traz também a instalação Arena, o primeiro projeto do ciclo Forced Labor, em que o público é convidado a interagir com oito robots e a ajudá-los a tornarem-se melhores bailarinos. Para isso, podem movimentar os robots, escolher os seus movimentos ou observar como estes evoluem.
Simple Machines é o segundo projeto do ciclo Forced Labor do coreógrafo belga Ugo Dehaes, que sempre sonhou com um mundo onde todo o trabalho fosse feito por robots, para aproveitarmos melhor o nosso tempo. No entanto, de acordo com o site www.willrobotstakemyjob.com, nas próximas décadas os coreógrafos têm apenas 0,4% de hipóteses de serem substituídos pela Inteligência Artificial e por robots. Para acelerar esta evolução, Ugo decidiu tornar-se um Coreógrafo das Coisas, ficar sem os seus bailarinos de carne e osso e apostar em robots.
"Forced Labor é imperdível para todos que gostam de IA, arte interativa, dança experimental e questões éticas!" - Club Cultuur
BIO
Na criação dos seus espetáculos, Ugo Dehaes parte sempre do olhar do espectador. Em vez de lutar com conceitos complexos, questiona-se sobre o que gostaria de ver naquele momento no palco. Desta forma, partilha o seu próprio espanto e fascínio pelo movimento com o público. Ao concentrar-se nas histórias pessoais, transforma a sua própria inspiração inicial em algo reconhecível para todos, oferecendo ao público uma maneira diferente de ver o mundo. Anteriormente, as suas criações sóbrias, radicais, mas acessíveis, concentravam-se no poder da dança e dos bailarinos. Dehaes é fascinado pelo corpo humano e pela pessoa que vive neste corpo. No entanto, optou por uma direção diferente nos últimos anos, e alterou o seu foco para os robots. Ugo questiona o quão radical se pode pensar em busca de eficiência e otimização da sociedade.
Ugo Dehaes (1977, Leuven) começou a dançar aos 18 anos. Durante um ano fez aulas de balé e seguiu dança contemporânea, com professores como David Hernandez, Benoît Lachambre e Saburro Teshigawara. Frequentou teatro na De Kleine Academie. Iniciou a sua formação em dança a tempo inteiro na P.A.R.T.S., a escola internacional para bailarinos e coreógrafos dirigida por Anne Teresa De Keersmaeker. Em 1998 começou a trabalhar como bailarino para a Meg Stuart/Damaged Goods. Durante três anos colaborou nas peças appetite e Highway 101.
Em 2000 criou a companhia Kwaad Bloed, com Charlotte Vanden Eynde. A sua primeira peça, lijfstof, estreou no Kaaitheatre e fez uma digressão internacional por Viena, Salzburgo, Berlim ou Paris, entre outras cidades. A partir deste momento, Ugo criou regularmente novas coreografias.
Desde 2018, mudou o seu foco e tornou-se um Coreógrafo das Coisas. Especializou-se em coreografias para objetos (robots, drones) e trabalha com jovens criadores. Como membro da Flemish Young Academy, tem contato direto com vários jovens cientistas e investigadores importantes na Bélgica.
Tem dirigido vários workshops e masterclasses e trabalhou com vários artistas, entre os quais Stijn Grupping (Post Uit Hesdalen), Gisèle Vienne e Etienne Bideau-Rey, entre outros.
FICHA ARTÍSTICA
Conceção: Ugo Dehaes Cenografia e composição: Wannes Deneer Dramaturgia: Marie Peeters Silicone em colaboração com: Rebecca Flores Construção da mesa: Kristof Morel Fotografias: Arne Lievens, Ugo Dehaes, wedocumentart Produção: Kwaad Bloed & Tuning People Coprodução: C-Takt Apoios: STORMOPKOMST Agradecimentos: AI Experience Center VUB, Caroline Pauwels, De Factorij, Gertjan Biasino, Hans De Cank, Pol Eggermont, Zaventem, Roeland Luyten, VGC