Renaud Herbin (França)
QUELQUE CHOSE S’ATTENDRIT
SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - Sala Mário Viegas
17 e 18 de maio às 10h30 e 14h30 (ter, qua) - Escolas
17 e 18 de maio às 19h30 (ter, qua) - Público em geral
Estreia Nacional
⇨ COMPRAR BILHETES Bilhetes: 3€ - Crianças / 7€ - Adultos +info
Técnica: Marionetas de fios, sombras e projeções Idioma: Algumas palavras em português Público-alvo: +8 (A classificar pela CCE) Duração: 45 min.
Um poema visual e sonoro sussurrado aos ouvidos e olhos do público, como uma carícia ou um sonho acordado.
Uma performance de ótica com uma marioneta de fios que se move pelo espaço interestelar, e onde experienciamos um mundo ao contrário, em que o topo se torna a base, e o minúsculo se transforma em algo infinitamente grande.
Quando um minúsculo ser humano se confronta com escalas de luz infinita, sem margens ou limites, para além de uma folha suspensa num ecrã, os princípios arcaicos da ótica revelam realidades secretas. De repente, o mundo virou-se de pernas para o ar e este ser explora uma realidade invertida, onde a gravidade nos leva para cima, a desfocagem é a regra e a nitidez é o acontecimento.
Um poema com o foco na nossa sensação de existir, no final dos nossos fios, na origem da respiração e do movimento, no nascimento da vida.
O público circula pelo espaço singular, qual câmara escura, preferindo a proximidade do manipulador ou a visão de conjunto, exultante pelo modo como a miniatura desliza na imensidão.
Quelque chose s’attendrit é apresentado em conjunto com Si le soleil repare, uma instalação de ótica e asteróides, em que projeções de luz em movimento se assemelham a uma coleção de meteoritos, luas ou estrelas, que se movem através de automatismos e jogos de ótica. Lupas e lentes de microscópios aproximam-nos das particularidades da matéria em movimento, a menos que, acidentalmente, alcancemos as escalas das estrelas.
Renaud Herbin, diretor do TJP - Centre Dramatique National d’Alsace Strasbourg, está de volta ao FIMFA e baralha as nossas perceções no seu mundo exploratório e visual.

"Quelque chose s'attendrit é o novo ‘pequeno poema visual e sonoro’ de Renaud Herbin, com um conceito preciso e minimalista, que explora as possíveis camadas de luz. Como é típico do artista, a forma do espetáculo oferece múltiplas perspetivas de visualização, permitindo ao espectador escolher a sua posição e perceção (...). Ao misturar performance e instalação, o espetáculo analisa os princípios da ótica. No novo, perspicaz e vanguardista espetáculo de marionetas de Herbin, a forma típica do artista de fazer espetáculos com múltiplas perceções transforma-se num conceito de encenação, representando uma abordagem exploradora de um objeto, marioneta, movimento, imagem e tecnologia." - Tjaša Bertoncelj, EU Contemporary Puppetry Critical Platform

BIO
Renaud Herbin é diretor do TJP - Centre Dramatique National d’Alsace Strasbourg, desde 2012, onde criou o projeto global Corps-Objet-Image, descompartimentando as práticas da matéria e da marioneta com o campo coreográfico e as artes visuais.
Fez a sua formação na ESNAM - École Supérieure Nationale des Arts de la Marionnette de Charleville-Mézières. Foi um dos fundadores e codirectores da companhia LàOù - marionnette contemporaine. Encenou e interpretou diversos espetáculos visuais e sonoros, geralmente a partir de obras dramáticas ou literárias. Entre as suas várias criações, pudemos ver no FIMFA: Actéon Miniature (2014), Milieu e Open the Owl (apresentados em 2017 e 2018 no Teatro São Luiz).
Renaud desenvolve uma linguagem cénica visual e singular, misturando teatro, ópera, escrita contemporânea e dança, que coloca no centro da sua abordagem a ideia da manipulação, entendida como algo que liga os campos artísticos e as coisas. Neste sentido, as suas criações contam com a presença de marionetas, atores, bailarinos, sons e imagens em interação no palco.
FICHA ARTÍSTICA
Conceção: Renaud Herbin Interpretação: Bruno Amnar Marioneta: Hélène Barreau Música: Sir Alice Pesquisa e construção: Sophie Prietz, Anthony Latuner, Éric Fabacher, Maxime Lance Direção técnica: Thomas Fehr Técnica em digressão: Suzon Michat Fotografias: Benoit Schupp Produção: Mathilde Mangeot, TJP - Centre Dramatique National de Strasbourg - Grand Est, La Maison des Métallos - Paris
